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André Puccinelli desistiu após "não" do PL e "sabotagem"

Ex-governador denunciou interferências do União Brasil e revelou que Bolsonaro fechou com Adriane Lopes

26/06/2024 às 08h43 Atualizada em 26/06/2024 às 08h47
Por: Redação Fonte: Jhefferson Gamarra e Fernanda Palheta / CAMPO GRANDE NEWS
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Ex-governador chegando ao diretório do MDB dirigindo o folclórico uno vermelho (Foto: Fernanda Palheta) - CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS
Ex-governador chegando ao diretório do MDB dirigindo o folclórico uno vermelho (Foto: Fernanda Palheta) - CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS

Em reunião realizada no diretório do partido nesta terça-feira (25), o ex-governador André Puccinelli (MDB) anunciou oficialmente sua desistência na corrida pela Prefeitura de Campo Grande nas eleições deste ano. Em uma carta aberta ao público, Puccinelli expôs as dificuldades enfrentadas durante as negociações políticas e acusou o União Brasil de sabotar uma aliança com o Solidariedade, o que culminou na sua decisão de não disputar o pleito.

“Para uma disputa majoritária em nossa capital são necessários apoios estruturais e políticos,” afirmou Puccinelli. Ele detalhou que, há cerca de um mês, o União Brasil interferiu diretamente, bloqueando a aliança planejada com o Solidariedade. A expectativa era de que essa parceria fornecesse a base política necessária para a candidatura.

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O ex-governador revelou ter buscado apoio em Brasília, onde se reuniu com figuras importantes como Baleia Rossi, presidente nacional do MDB, Valdemar da Costa Neto, presidente do PL e Paulinho da Força do Solidariedade. “O MDB nacional fez todo o esforço possível para dar condições de disputar a Prefeitura de Campo Grande,” enfatizou.

No entanto, o apoio do PL não se materializou. Valdemar da Costa Neto foi categórico ao afirmar que o partido já havia se comprometido com a senadora Tereza Cristina, alinhando-se assim à reeleição da prefeita Adriane Lopes (PP). “Valdemar, presidente do PL, foi taxativo em dizer que Bolsonaro já tinha assumido a palavra com a senadora Tereza e que apoiaria a quem ela indicasse,” relatou Puccinelli.

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Frustrado com as dificuldades e a falta de suporte necessário, Puccinelli decidiu abrir mão da candidatura à prefeitura. “Apesar de insuficiente o apoio estrutural, o mais importante em disputa majoritária em uma capital é o apoio político,” destacou.

Ele anunciou que não apenas desistiu da corrida pela prefeitura, mas também não se candidataria a vereador ou a uma possível figuração como vice a alguma chapa majoritária. “Não serei candidato a prefeito e, em consideração a eles, sequer serei candidato a vereador,” declarou. “Apoiarei o que a maioria definir em consulta escrita que nesta ocasião estará sendo elaborada”, disse o emedebista.

Apesar de sua decisão de não concorrer este ano, Puccinelli deixou claro que suas ambições políticas permanecem. Ele afirmou que, apesar do clamor popular por sua candidatura, não disputará o governo em 2026 devido a um acordo feito em 2022, no qual ficou acertado o apoio ao governador Eduardo Riedel (PSDB). No entanto, ele expressou a intenção de disputar um cargo eletivo em 2026, preferencialmente ao Senado, caso esteja bem posicionado nas pesquisas.

“Falam-me que o legado não pode ser abandonado. Não sei se muito ou pouco legado deixei à minha querida capital morena, mas afirmo que não abandono a luta política e que pretendo, além de me empenhar neste ano, estar em 2026 disputando cargo eletivo,” concluiu Puccinelli.

 O Campo Grande News espera o posicionamento do União Brasil. 

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