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Chácara de dona de loja de roupas é alvo de ofensiva contra sonegação

Operação prendeu líder de esquema milionário de fraude tributária em MS

02/05/2025 às 08h03
Por: Redação Fonte: Aline dos Santos, Bruna Marques e Helio de Freitas / CAMPO GRANDE NEWS
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Viaturas em chácara a 600 metros da árera urbana de Ivinhema. (Foto: Ivinotícias)
Viaturas em chácara a 600 metros da árera urbana de Ivinhema. (Foto: Ivinotícias)

Em Ivinhema, a operação Colheita Fantasma cumpriu mandado de busca e apreensão em uma chácara com piscina e imóvel de alto padrão. O local fica a 600 metros do Bairro Itapuã, na área urbana, e é endereço de Thais Lopes Pierote, dona de loja de roupas em Ivinhema.

De lá, os policiais saíram com uma caminhonete apreendida. Deflagrada pelo Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) nesta quarta-feira (dia 30), a ação contra fraude tributária milionária prendeu o coordenador do esquema.

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 Conforme apurado pela reportagem, o alvo preso não se trata de servidor estadual. Houve uma segunda prisão, mas por flagrante de três armas de fogo e munição, que estavam no escritório de empresa cerealista, cujo proprietário acabou preso.

A organização criminosa era especializada em fraude fiscal e lavagem de dinheiro, responsável pela emissão de notas fiscais eletrônicas sem a efetiva circulação de mercadorias, simulando transações interestaduais de grãos para gerar créditos tributários fraudulentos.

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As investigações revelaram que diversas empresas, controladas de forma oculta por um mesmo grupo, movimentaram mais de R$ 1 bilhão em operações fictícias de 2020, gerando um suposto crédito tributário indevido de pouco mais R$ 100 milhões, além de possíveis danos tributários em âmbito federal.

Armas apreendidas em escriório de cerealista durante operação. (Foto: Divulgação)

Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Campo Grande, além do sequestro de bens, incluindo o bloqueio de contas bancárias na ordem de R$ 20 milhões. Num dos locais, foi apreendido até dólar do Zimbábue

A operação recolheu documentos fiscais, equipamentos eletrônicos, registros financeiros e contratos sociais. A polícia foi a escritórios, residências e locais relacionados à administração de empresas utilizadas para simular operações fiscais.

Nome da ofensiva, Colheita Fantasma reflete a principal fraude constatada: a existência de uma produção agrícola fictícia, restrita apenas a documentos, sem lastro em mercadoria real. A ação é conjunta com a Sefaz (Secretaria Estadual de Fazenda) e Receita Federal.

A Sefaz informou que informações serão divulgadas somente pela Polícia Civil.

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