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Rapaz que cortou vagina da namorada é preso nas Moreninhas 3 dias após o crime

Vítima permanece internada na Santa Casa; suspeito foi levado à Deam

10/04/2025 às 08h42
Por: Redação Fonte: Dayene Paz e Clara Farias / CAMPO GRANDE NEWS
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Wellington Paes Lino suspeito de esfaquear a namorada. (Foto: Divulgação)
Wellington Paes Lino suspeito de esfaquear a namorada. (Foto: Divulgação)

Três dias depois de cortar a vagina da namorada, Wellington Paes Lino, de 24 anos, foi preso por equipe da (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assalto e Sequestro) na tarde desta quarta-feira (9), no Bairro Moreninhas, em Campo Grande. O crime aconteceu no domingo (6) e a vítima permanece internada na Santa Casa.

No dia, estavam na casa duas filhas da vítima, o genro e dois netos. A mulher estava no quarto com o namorado, quando saiu correndo, sangrando e pedindo socorro. “Acordei e ela já estava sangrando muito. Ele tinha fugido e levou a faca. Ficou todo mundo desesperado, e meu irmão a levou para a UPA. Aqui fora ficou cheio de sangue, mas depois eu lavei”, relatou a filha da vítima.

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Os familiares a levaram para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Bairro Tiradentes. No local, foram constatadas lesões na genitália e abdômen. A delegada plantonista representou pela prisão preventiva do suspeito, que era procurado até hoje.

Localizado, Wellington foi levado para a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher). Jean Carlos Lopes Campos, advogado que representa o suspeito, afirmou que existem seis boletins de ocorrência contra o cliente, mas não sabe se todos são da mesma vítima. "Por enquanto, ele permanecerá em silêncio", disse o defensor.

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Delegado do Garras, Roberto Guimarães, responsável pela prisão de Wellington (Foto: Osmar Veiga)
Durante coletiva, o delegado do Garras Roberto Guimarães detalhou como foi a prisão do suspeito. "Foi feito um levantamento prévio, e vimos que ele estava na região das Moreninhas, especificamente na residência da genitora dele. À tarde, encontramos o irmão dele em frente a casa, que de prontidão confirmou que Wellington estava na residência, na sala", explicou Roberto.

Ainda conforme ele, ao anunciar a prisão, Wellington afirmou que já sabia o motivo pelo qual estava sendo preso e em nenhum momento mostrou arrependimento. "Ele foi bem frio, só falou 'eu sei porque vocês estão me prendendo', e confirmou que teve uma briga com a mulher dele, mas não quis dar nenhum detalhe. Pelo histórico, pela conduta dele, ainda mais quando trata-se de um crime violento, quando há essa gravidade e periculosidade, o Garras é acionado", explicou o delegado.

Ao Campo Grande News, o advogado de Wellington, Jean Carlos Lopes Campos, disse que há seis boletins de ocorrência contra o autor. No entanto, ele não tem o conhecimento se são todos da mesma vítima, e quais as acusações. "Estamos dando importância agora no boletim sobre o mandado de prisão. Ela ainda vai decidir se vai enquadrar mesmo em tentativa ou se vai classificar como lesão corporal", explicou.

Segundo ele, durante a audiência de custódia, Wellington pretende se manter em silêncio. "Até nós termos acesso a toda a acusação contra ele, a princípio ele permanecerá em silêncio. Vamos ter o acesso primeiro para depois ver o que será falado", explicou. Ainda conforme o advogado, a família já tinha interesse em apresentar ele, e em tese, a família de Wellington estava em contato com a vítima.

Conturbado - De acordo com a família da vítima, o casal estava junto há dois anos. Eles chegaram a passar um tempo separados e ela pediu medida protetiva contra ele, mas há dois meses haviam reatado o relacionamento. “Eles estavam juntos há dois anos, mas sempre separavam e voltavam. Foi uma surpresa para nós. Ele era muito calmo, muito mesmo, parecia até ser besta”, disse a filha.

Wellington já tem histórico criminal. Ele foi julgado no ano passado pela morte de Odilon Rodrigues da Silva Mareco - apontado como participante do crime, que ocorreu no dia 1º de janeiro de 2020. No entanto, o Conselho de Sentença decidiu condenar apenas um de seus comparsas. Ele foi absolvido das acusações de homicídio qualificado e de quatro tentativas de homicídio.

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