04/07/2017 07:23:00
Continuo a série sobre
os 40 anos de criação de Mato Grosso do Sul, tendo como enfoque as
administrações do estado. Aqui apresento o segundo governo interino de Londres
Machado, que desta vez ficou no cargo devido à demissão, no dia 30 de outubro
de 1980, do governador Marcelo Miranda Soares (PDS) pelo general presidente
João Figueiredo (PDS), até que o Senado Federal votasse o nome do então senador
Pedro Pedrossian (PDS) para chefiar o estado.
No entanto, dessa vez a presença do presidente da Assembleia Legislativa e deputado estadual Londres Machado foi mais curta do que a primeira ocasião: apenas 1 semana, entre os dias 30 de outubro e 7 de novembro daquele ano.
Nesse período, politicamente, ocorreu uma divisão no Partido Democrático Social (PDS), antigo Arena, o partido da ditadura e dos primeiros governos sul-mato-grossenses. Com a queda de Marcelo Miranda este deixou a legenda e levou consigo políticos destacados como os deputados federais João Leite Schmidt e Ruben Figueiró, o senador Rachid Saldanha Derzi e o ex-governador de Mato Grosso uno José Fragelli. Esse “quinteto dissidente”, como o grupo ficou conhecido em alguns jornais estaduais, fundou aqui o Partido Popular (PP), legenda que se fundiria, no final de 1981, ao PMDB.
Do ponto de vista político da oposição, o deputado estadual Sergio Cruz (PMDB) e o federal Antônio Carlos Nantes de Oliveira (PT) defendiam a existência de eleições diretas para governador com objetivo de por fim à instabilidade política vivida por aqui.
No dia 6 de novembro de 1980, o Senado aprovou, por 32 votos a favor e 24 contra, o nome de Pedro Pedrossian para ser o governador de Mato Grosso do Sul. No próximo texto apresentarei as características deste governo que administrou o estado até 14 de março de 1983.
[1] Professor-mestre de História e autor do livro As eleições de 1982 em MS (Life Editora). E-mail: [email protected]
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